O dicionário define ansiedade como “Desconforto físico e psíquico; agonia, aflição, angústia. Condição emocional de sofrimento, definida pela expectativa de que algo inesperado e perigoso aconteça, diante da qual o indivíduo se acha indefeso” (https://www.dicio.com.br/ansiedade/).
Em minha prática clínica como psicóloga online, percebi que muitos pacientes chegam à terapia procurando uma forma de se livrar da ansiedade. Mas, sem querer te desanimar, não é possível se livrar completamente dela. A ansiedade é uma emoção que faz parte de ser humano. Pense na temperatura corporal: existe a temperatura ideal e saudável (36ºC), onde ficamos confortáveis e não pensamos muito sobre ela. No entanto, se a temperatura sobe, vira um quadro de febre, que afeta nossa saúde e gera desconforto. A ansiedade fica disfuncional quando “vira febre”, passa do limite do que é saudável.
Mas como podemos saber se nossa ansiedade está em um nível considerado “normal”? Por ser uma emoção que faz parte de ser humano, todos já sentimos ansiedade alguma vez na vida, seja frente a uma apresentação importante, antes de uma entrevista de emprego ou na hora de falar em público. Até um certo nível, a ansiedade nos coloca em movimento, faz com que nos preparemos para essa apresentação ou entrevista. E quando a ansiedade nos paralisa? Quais são os sintomas da ansiedade e como controlá-los?
1. Medo e preocupação frequentes
A pessoa com um nível de ansiedade tóxica se preocupa muito e o tempo todo. Assim, sua cabeça está sempre pensando no passado ou temendo o futuro, deixando de viver o momento presente. Isso gera falta de concentração e pode levar ao sintoma de ansiedade a seguir.
2. Alterações no sono
Medo e preocupações constantes resultam em uma grande dificuldade de “desligar” a cabeça. Isso acontece com frequência na hora de dormir. Distúrbios no sono são comuns em quadros de ansiedade e atrapalham o funcionamento diário do indivíduo.
3. Taquicardia e respiração ofegante
Em uma crise de ansiedade, seu cérebro interpreta o medo como sinal de perigo e te prepara para uma possível fuga. Assim, o coração acelera para bombear sangue para as extremidades de seu corpo. Além disso, você deixa de perceber a respiração abdominal e passa a ver uma movimentação maior no peito, deixando a respiração mais curta, o que pode causar uma sensação de falta de ar.
4. Sintomas gastrointestinais
Quem nunca sentiu dor de estômago ao se sentir “nervoso”? A ansiedade tem ligação direta com o sistema digestório, podendo causar dores no estômago, falta de apetite ou alimentação em excesso, disfunções intestinais, etc.
Como controlar os sintomas de ansiedade? Existem algumas técnicas que podem ajudar a manejar um momento de crise.
1. Respiração diafragmática
Respirar tem ações fisiológicas muito positivas em nosso corpo: abaixa os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea, aumenta ondas cerebrais relacionadas ao relaxamento e reduz as tensões nervosas. Uma boa técnica é fazer a respiração com contagem: inspirar em 4 segundos, segurar a respiração por 2 segundos e expirar em 6 segundos. Lembre-se de concentrar a respiração no diafragma (barriga) e não no peito. Faça isso até se sentir mais tranquilo.
2. Descrever o ambiente
Olhe em volta e descreva em voz alta tudo que consegue ver. “As paredes desse cômodo são brancas, há um tapete cinza, duas poltronas azuis, etc”. Isso vai tirar o seu foco da ansiedade.
3. Faça terapia
Na terapia você aprenderá outras técnicas práticas para manejar a ansiedade e como lidar com ela a longo prazo. Também aprenderá sobre suas emoções e o que é um gatilho para te deixar ansioso(a). Quer ter esses benefícios em sua vida? Clique aqui e agende uma sessão de terapia online.
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