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Depressão: o que é, diagnóstico e tratamento

Atualizado: 6 de jun. de 2020

Usamos o termo depressão em nossa linguagem corrente para nomear tanto um estado afetivo normal (a tristeza), quanto um sintoma e uma (ou várias) doença(s).


Mas o que de fato é a doença depressão? Quais são os sintomas da depressão? Como é feito o diagnóstico e o tratamento da depressão? O texto de hoje irá responder essas questões.


A depressão é um transtorno psicológico. Sendo assim, não existe um teste laboratorial simples que mostre um resultado certeiro como em um exame de sangue. O diagnóstico da depressão é complexo e envolve a presença de vários sintomas emocionais e físicos, como:


  • Desinteresse por atividades que antes traziam prazer;

  • Falta de prazer na rotina do dia a dia;

  • Dificuldade de se concentrar;

  • Dificuldade de sentir emoções positivas;

  • Tristeza prolongada e de diferentes intensidades;

  • Cansaço;

  • Falta de energia;

  • Distúrbios no sono (muito sono ou insônia);

  • Distúrbios alimentares (muita fome ou falta de apetite), etc.


A depressão é uma doença da rotina e da desconectividade (inatividade) e possui várias causas, como:

  • Predisposição genética (histórico familiar de depressão);

  • Grande mudança negativa na vida;

  • Doença grave e internação hospitalar;

  • Passar por grande stress ou trauma;

  • Luto;

  • Término de ciclos (relacionamentos, empregos, etc);

  • Uso de drogas, etc.


Uma vida com depressão é uma vida pobre em dois fatores:

  1. Prazer: no sentido de prazer físico, ou seja, ter experiências positivas através dos cinco sentidos (tato, paladar, olfato, audição e visão);

  2. Maestria: sensação de se fazer algo importante, se sentir útil e com domínio de algo.


Além disso, a pessoa com depressão vive a vida em função de evitar desconforto. O que isso significa? Como a depressão tira o prazer da rotina, abaixa a energia e dá a sensação de inutilidade, a pessoa tenta evitar qualquer atividade que antes fazia parte de sua vida, pois estas atividades tornam-se desconfortáveis e podem gerar ansiedade. O problema é que estas atitudes de evitação pioram os sintomas da depressão, formando um ciclo vicioso.


Como sair disso, então? O primeiro passo é procurar um profissional qualificado que possa fazer o diagnóstico.

O diagnóstico da depressão é feito por um psicólogo e/ou psiquiatra. Esses profissionais possuem experiência e olhar clínico para perceber se o paciente está sofrendo, triste ou desinteressado na maior parte do tempo, quase todos os dias e se sua rotina mudou. Além disso, o paciente deve apresentar pelo menos 3 outros sintomas emocionais ou físicos por pelo menos duas semanas contínuas. O diagnóstico só é confirmado quando se descarta outras doenças clínicas, como hipotireoidismo e disfunções hormonais, por exemplo.


Como é feito o tratamento?

O objetivo do tratamento da depressão é aumentar comportamentos que elevam as sensações de prazer e maestria. Existem alguns tratamentos que funcionam:


1. Psicoterapia:

Na terapia, o psicólogo e paciente irão juntos pensar na rotina e em meio de aumentar as atividades de prazer e maestria. As terapias comportamentais e cognitivo-comportamentais são as que mostram mais resultados positivos nos estudos de intervenção para depressão. Então, sempre que for possível, indicar pacientes com depressão para psicólogos que atendem nessas abordagens é o mais recomendado. Caso queira agendar uma consulta para conversar melhor sobre a psicoterapia na depressão e/ou começar a se tratar, clique aqui para uma consulta com uma psicóloga online.


2. Medicação antidepressiva:

Da mesma maneira que hipertensos precisam de remédio para tratar a pressão alta, a medicação pode ser um importante aliado no tratamento da depressão em conjunto com a psicoterapia. Para acompanhar a medicação, é necessário o acompanhamento de um psiquiatra. A medicação é importante em momentos de crise e ajuda o paciente a ter energia para ir à terapia, onde aprenderá estratégias para lidar com a depressão. O remédio ajuda em momentos mais críticos e a terapia ajuda a ter qualidade de vida a longo prazo.


3. Atividade física

Você já ouviu alguém dizer que atividade física é um antidepressivo natural? Fazer exercícios aumentam em nosso cérebro os níveis de neurotransmissores que trazem sensação de prazer. O terapeuta pode te ajudar a pensar em um conjunto de mudanças que facilitem a inclusão de exercícios em sua rotina.


Procurar ajuda é extremamente importante quando se trata de depressão.

Se você tem se sentido deprimido, você já deu o primeiro passo procurando informações sobre isso. Ficou com alguma dúvida ou precisa de ajuda? Clique aqui.




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